27 fevereiro "A Criatura", pela Companhia de Teatro de Braga, Maia
Sinopse:
"O espetáculo centra-se no conceito de criação artística, analisando a delicada sintonia que se cria entre o autor e seu trabalho. Lelio Lecis transporta o público para a última história contada por Ibsen, com o espetáculo A Criatura, uma obra dedicada à arte, aos sonhos e aos impulsos de paixão, onde a loucura e a morte se conectam com o sentido mais profundo da criação artística. "A criação artística é para seu criador a única possibilidade de comunicar o seu mundo aos outros, mas também a si mesmo", explica o encenador, refletindo sobre a intimidade da relação que é criada entre o artista e a sua "criatura". No geral, o trabalho representa a reflexão de uma extrema meditação feita pelo autor sobre si mesmo e sobre a sua própria arte, através do personagem de um famoso escultor (Rubek), actualmente idoso, que descobre ter sacrificado o amor pela arte e a própria arte pelo sucesso, acompanhado por imagens fervorosas, numa cadeia de atos de absoluto egoísmo. O escultor torna-se, de facto, famoso em todo o mundo principalmente pela sua escultura sobre a ressurreição, que representa uma jovem mulher que se eleva em direção ao céu, a partir de um pedestal que parece uma terra povoada por seres humanos semelhantes a animais. Na realidade, o escultor deve sua fama mais ao pedestal do que à estátua. O professor Rubek, o orgulhoso herói do drama, o homem que acredita ter conquistado a imortalidade e a glória, descobre nunca ter vivido. Então, ele tenta acordar de seu sono profundo, apenas para se entregar à morte. Apesar das raízes nórdicas do espetáculo, o encenador consegue recriar no palco o sabor da terra da Sardenha: na verdade, da Sardenha se respiram as luzes, os silêncios, a linha do horizonte, um nervosismo que nunca se torna neurose e o tempo que se divaga lentamente. Lelio Lecis, que há anos estuda a relação entre o artista e a obra de sua criação, encontrou numa história do século XIX - a mesma que inspirou Ibsen na escrita de "Quando nós, os mortos, despertarmos" - uma representação eficaz desse delicado relacionamento."
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Ficha artística:
Adaptação: Lelio Lecis [a partir de Henrik Ibsen “Quando nós os mortos despertarmos”]
Tradução: Ana Cruz
Encenação: Lelio Lecis*
Cenografia e Figurinos: Valentina Ena
Guarda-Roupa: Manuela Bronze e Mónica Melo
Confecção Figurinos: Manuela Lopes e Mónica Melo
Desenho de Luz: Lelio Lecis
Projeção Laser: João Moura
Design Gráfico: Carlos Sampaio
Fotografia: Eduarda Filipa
Operação de Luzes: Vicente Magalhães
Operação de Som: João Chelo
Captação de Som da personagem "Gerente": Luís Rosa Lopes
Voz-off da personagem "Gerente": Rui Madeira
Elenco: António Jorge, Eduarda Filipa, Rogério Boane e Solange Sá
Director Técnico do Theatro Circo: Celso Ribeiro *director de Akroama
*co-produção [parte 1] com: Akroama • Teatro Stabile di Innovazione e Ricerca della Sardegna • Caglíari | Itália
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Ficha técnica:
Classificação Etária: M/14
Duração Aproximada: 70m
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Locais, datas e horários de apresentação:
Fórum da Maia, Maia
27 fevereiro | 21h30
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Informação sobre bilheteira:
Entrada Gratuita
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Contactos da entidade promotora:
CTB – Companhia de Teatro de Braga
https://www.ctb.pt/
https://www.facebook.com/companhia.teatrobraga/