“Armazenados”, pelo Teatro Art’Imagem, 13 dezembro, Castro Daire

Teatro
“Armazenados”, pelo Teatro Art’Imagem, 13 dezembro, Castro Daire

© Nuno Ribeiro

O Teatro Regional da Serra de Montemuro acolhe “Armazenados”, uma produção do Teatro Art’Imagem, no dia 13 de dezembro de 2020, às 11h00, em Castro Daire.

Com texto de David Desola e encenação de Flávio Hamilton, “Armazenados” conta com as interpretações de Flávio Hamilton, Pedro Carvalho e Jimmy Nunez.

SINOPSE:

(pelo Teatro Art’Imagem)

Num armazém vazio de mercadoria, nada é mais legítimo do que pensar-se que o stock são os próprios empregados; neste caso, o Senhor Lino e o Nin. E, se os empregados são relegados à condição de mercadoria, estamos perante uma perversão evidente: sobre eles passa a imperar as leis de mercado em vez das leis laborais, criadas com o intuito de lhes assegurar a tal dignidade, entretanto abdicada em prol de uma soldada, supostamente atribuída em paga dos seus préstimos. Este texto, apesar de uma aparente singeleza, coloca-nos perante algumas questões essenciais, quer por sugestão, quer por identificação. Questões essas que versam fundamentalmente a cerca da dignidade humana. Ficamos perante um impasse, que pode ao mesmo tempo ser de ordem puramente filosófica, como um pouco mais determinista e pragmática: Será mesmo que o trabalho dignifica o Homem? Se o livre arbítrio, como diz Deleuze, tem mais a ver com a capacidade de criar do que com questões ligadas à alma e a espiritualidade, ao Senhor Lino e ao Nin, a forma de se organizar socialmente deste tempo retirou-lhes essa possibilidade, o que nos inquieta enquanto criadores crentes numa arte que coloca questões em permanência no sentido de nos aproximar o mais perto possível da resposta às perguntas fundamentais: O que é um Homem? Ou então: o que é ser Homem? O texto põe em cena duas gerações distintas, duas conceções diametralmente opostas do mundo. Contudo, entre presente (Nin) e passado (Senhor Lino), há algo de comum: a certeza de que tudo será como sempre foi; que a seguir à luz segue a escuridão, ou vice-versa, tanto faz. Todo o espectáculo será balizado por uma lógica do vazio; porque é dentro dessa lógica que decorre toda acção da peça: um amplo espaço vazio; o logro de um ofício que não existe; a relação entre dois desconhecidos. A peça é também uma abordagem do tempo: o tempo de uma jornada; de uma vida; o tempo da incerteza; mas também o tempo do tempo que se gasta e se esgota impiedosamente.

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:

Texto: David Desola | Tradução: Afonso Becerra e Diana Vasconcelos | Encenação: Flávio Hamilton | Assistência de Encenação: Samuel Gomes | Interpretação: Flávio Hamilton, Pedro Carvalho e Jimmy Nunez | Participação em Vídeo: Daniela Pêgo | Iluminação: Eduardo Abdala | Espaço Cénico: Eduardo Abdala e Flávio Hamilton | Construção Cenográfica: José Lopes | Fotografia, Design Gráfico, Vídeo e Sonoplastia: André Rabaça | Direção Artística do Teatro Art’Imagem: José Leitão | Produção: Sofia Leal e Daniela Pêgo | Créditos fotografias promocionais: Nuno Ribeiro

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Informações sobre bilheteira:
13 de dezembro de 2020 - 11h00
Consulte as directrizes https://teatromontemuro.com/diretrizes-seroes-na-serra/
254 689 352 / (whatsapp) +351 91 951 83 93
teatromontemuro@gmail.com
Duração aproximada de 60 minutos sem intervalo
Maiores de 12 anos
Bilhetes
Normal 2€
13 a 18 anos de idade, sócios e residentes na Aldeia de Campo Benfeito 1€
Menores de 12 anos gratuito

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CONTACTOS:
TEATRO ART’IMAGEM
QUINTA DA CAVERNEIRA – AGUAS SANTAS – MAIA
910818719
www.artimagem.org

 

 

 


O Teatro Art’Imagem e Teatro Regional da Serra de Montemuro são estruturas artísticas apoiadas pela DGARTES.