Estreia "Estro / Watts" - Poesia da idade do rock, de Gonçalo Amorim & Paulo Furtado ⁄ TEP, 6 novembro, Porto

Cruzamentos disciplinares
Estreia "Estro / Watts" - Poesia da idade do rock, de Gonçalo Amorim & Paulo Furtado ⁄ TEP, 6 novembro, Porto

© Luísa Sequeira

Sinopse:
ESTRO / WATTS é um projeto com direção de Gonçalo Amorim e Paulo Furtado. O projeto partirá da poesia ligada ao rock (Bob Dylan, Patti Smith, Elvis Presley, Johny Rotten, Leonard Cohen, David Byrne, Laurie Anderson, entre outros), devolvendo ao estilo o estatuto de cancioneiro popular. Tal como a ILÍADA ou a ODISSEIA – que se sabe terem sido coletâneas de histórias que se iam contando nas praças, de heróis e de guerras, de paixões – o rock usou a palavra poética para gritar na esfera pública a vida, para convocar todos a falar acerca da morte, da guerra, de amores e desamores, da solidão, das selvas de betão, da experiência da workingclass e da opressão. Esta dimensão pública, que reúne gente à sua volta, que congrega, contrasta drasticamente com a introspeção que o ato poético exige tantas vezes: explorar -se -á esta dualidade da palavra rock e da prática poética. Pesquisando os poemas da música que surgiu nos meios urbanos entre 1950 e 1980, desenvolverse-á uma hipótese dramatúrgica que permita aos atores explorar possibilidades cénicas, pensando sempre o cruzamento de lugares e autores e o potencial agregador de massas, por um lado, mas também o potencial de libertação de vozes, ideias, sonhos e angústias. A cena será ocupada por baterias, pelos corpos dos atores e dos músicos, ligados pela eletricidade dos microfones, ofuscados pelo brilho do metal e distorcidos por filtros vocais que trarão ao palco a palavra do rock, cuja ascensão em Nova Iorque está intimamente ligada aos locais de culto do punk. ESTRO / WATTS mantém uma forte relação dialógica com as batidas que acompanhavam as tragédias gregas e com a conceção do evento teatral como um momento de reunião da comunidade. Na idade do rock, o espaço do teatro foi ocupado pelo cancioneiro, que alimentava um grande movimento de massas à volta das palavras e dos mecanismos de representação que elas permitiam: fundou-se um novo lugar na esfera pública para a referência política e estética, um lugar que outrora era ocupado pelo teatro. O que é feito desse património? Onde estão os trovadores?

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Ficha artística e técnica:
Um Projeto de Gonçalo Amorim e Paulo Furtado
Tradução dos poemas e acompanhamento historiográfico João de Menezes-Ferreira
Encenação e conceção Gonçalo Amorim
Direção musical e conceção Paulo Furtado
Música Original
The Legendary Tigerman
Intérpretes
Ana Brandão Diana Narciso Hugo Inácio Íris Cayatte Pedro Almendra Pedro Galiza Susie Filipe
Artista convidado Filipe Rocha
Cenografia e figurinos Catarina Barros
Desenho de Luz Nuno Meira
Desenho de som Guilherme Gonçalves
Vídeo Luísa Sequeira
Produção: Teatro Experimental do Porto
Coprodução: Teatro Municipal do Porto

O TEP é uma estrutura financiada pela República Portuguesa - Cultura/ Direção Geral das Artes e apoiada pela Câmara Municipal do Porto. O TEP é uma estrutura residente no Teatro Campo Alegre,no âmbito do programa Teatro em Campo Aberto.

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Locais, datas e horários de apresentação:
TEATRO MUNICIPAL DO PORTO – RIVOLI
6 novembro 19:30 (*novo horário*) 
7 novembro 19h
8 novembro 17h com live streaming
*No seguimento das directrizes previstas no decreto de lei N.º 213, de 2 de Novembro de 2020, relativo às medidas de contenção da pandemia COVID-19, o Teatro Municipal do Porto antecipou o horário de apresentação de espetáculos, permitindo que o público possa cumprir o seu dever cívico de recolhimento.

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Informações sobre bilheteira:
9 euros
live streaming: 4,50 euros
Classificação etária:
M/12

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Acessibilidade:
Interpretação em Língua Gestual Portuguesa (sessão dia 6)

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Contactos:
https://www.facebook.com/teatroexperimentalporto/