"As Artimanhas de Scapin", pela Comuna Teatro de Pesquisa, 17 setembro a 1 novembro, Lisboa
Igor Sampaio (Argante), Carlos Paulo (Scapin) e Hugo Franco (Silvestre) // ©Bruno Simão
Sinopse:
Eis uma das mais conhecidas comédias de Molière (1622- 1673), peça em prosa e em três actos, representada pela primeira vez em Paris em 1671. Fortemente marcada pelo espírito e feição popular e expressionista da commedia dell’arte, e inicialmente criticada pela sua estética, julgada demasiado popular e até mesmo ofensiva, esta comédia viria a granjear enorme popularidade depois da morte do seu autor, tornando-se uma das peças mais representadas do repertório teatral francês. O espectáculo usa a tradução de 1962 do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Repleta de desencontros e muitas artimanhas, esta comédia convida o espectador a despretensiosamente divertir-se com a vitória da sabedoria do povo sobre os senhores. Uma comédia com lastro histórico também no papel central ocupado pelo valete: é ele quem vai pôr em marcha uma série de astúcias, é ele que na sombra manobra os cordelinhos. Molière quis mostrar os bastidores da vida dos senhores da sua época – visão que permanece actual, e em certa medida intocada. Scapin desempenha, na verdade, vários papéis: o de intermediário, o de confidente, o de mediador e mais alguns ainda. Scapin assume, assim, mais papéis do que seria de supor, ampliando a importância da sua personagem, o que o inscreve na linhagem das relações amo/ servo do teatro clássico. Pela mão de João Mota, este Scapin é uma representação moderna e delirante, na qual o público (re)descobrirá o rei da intriga, das mil mentiras e da prodigiosa imaginação. Scapin, um manobrista arrogante e pomposo, tem um talento especial para a manipulação. Em nome do amor, e posicionando-se do lado dos jovens amantes, dos doentes de amor e paixão, Scapin vai elaborar uma série de artimanhas para ir ao encontro das intenções amorosas de Octávio e Leandro – anseios frustrados por dois pais autoritários que acabaram de voltar de uma viagem com planos para casarem os seus filhos por conveniência, e unicamente interessados em ampliar as suas fortuna e o status social das respectivas famílias.
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Ficha Artística e técnica:
Autoria: Molière
Versão Cénica e Artística: João Mota
Interpretação: Carlos Paulo, Hugo Franco, Igor Sampaio, Gonçalo Botelho, Marco Paiva, Daniela Santos, Patricia Fonseca, Miguel Sermão e Rogério Vale.
Desenho de Luz: Paulo Graça
Vídeo: Tiago Leão
Fotografia: Bruno Simão
Operação de luz/som: Tomás Almeida
Técnicos de Montagem: Renato Godinho e Assunção Dias
Apoio ao Guarda-Roupa: Madalena Rocha
Assistência Geral: Selma Meira
Gabinete de Produção: Rosário Silva, Carlos Bernardo
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Locais, datas e horários de apresentação:
Sala Nova da Comuna Teatro de Pesquisa
Praça de Espanha, 1070-024 Lisboa
17 setembro a 1 novembro de 2020
De quarta-feira a sábado às 21h, domingo às 16h
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Informação sobre bilheteira:
Horário de Bilheteira: De quarta-feira a sábado das 15h às 21:00h, domingo das 14h às 16h
Faixa etária: Maiores de 16 anos
Quarta-feira: preço único 7.5€
De quinta-feira a domingo preço normal 12.5€, estudantes e séniores 10€
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Contactos da entidade promotora:
Comuna Teatro de Pesquisa, Praça de Espanha, 1070-024 Lisboa
Tel: 217 221 770
geral@comunateatropesquisa.pt | teatrocomuna@sapo.pt | rosario@comunateatropesquisa.pt
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