'AAH Room' até 4 de junho em Lisboa
Artes plásticas | Lisboa
Associação Maumaus – Centro de Contaminação Visual
AAH Room (exposição e conferência)
Autoria e curadoria: Sarat Maharaj e Jürgen Bock
29 de abril a 4 de junho de 2017
De terça a domingo, das 15h às 19h, ou por marcação
Lumiar Cité, Rua Tomás del Negro, 8A, Lisboa
T. +351 21 755 15 70
E. lumiar.cite@maumaus.org
W. www.maumaus.org
Entrada livre
SINOPSE
Pela Maumaus
Sarat Maharaj é um conceituado curador, historiador e teórico da arte que, desenvolvendo o seu trabalho entre Londres e Malmö, se dedica com particular enfâse à obra de Marcel Duchamp e de James Joyce. A ideia para o projeto “AAH Room” partiu de Sarat Maharaj, inspirando-se no modelo da sua sala de aulas quando estudava História da Arte numa universidade destinada a “negros de origem indiana” pelo regime do apartheid, em Salisbury Island (Durban, África do Sul), durante os anos de 1960. Na época, a sala revelava-se como um espaço híbrido, exibindo uma "pirâmide evolutiva" de artefactos, obras de arte e culturas que minava a insistência numa clara separação imposta pelo governo do apartheid.
Depois de uma primeira apresentação de “AAH Room” na Academia de Arte de Malmö (Suécia), foi desenvolvida uma nova versão para Lisboa, exibindo obras de arte de Pedro Barateiro, Harun Farocki, Ângela Ferreira, Renée Green, Allan Sekula e Heimo Zobernig, juntamente com artefactos e material documental de diferentes origens. Todos os objetos "equipam" a sala de aula de História da Arte de Sarat Maharaj, para metaforicamente a recriar no espaço Lumiar Cité, transformando uma sala do passado num contexto contemporâneo. Um internalizado sistema eurocêntrico de classificação, organizando objetos por categorias ou compartimentos segregados, sugere universos paralelos e a sua exibição corporiza essa separação.
No espaço Lumiar Cité interessa também perceber a que tipo de leituras e contraposições, provavelmente involuntárias, a que a exposição também se abre. A “AAH Room” torna-se mais híbrida, funcionando como espaço de exposição e, ao mesmo tempo, como sala de seminários, onde Sarat Maharaj, Ângela Ferreira e Manuela Ribeiro Sanches, entre outros, conduzem e discutem num cenário que convida a pensar: Como lidar com uma descolonização do conhecimento numa sociedade de amplo conhecimento, num mundo enciclopédico? Qual o proveito para a ideia de prática artística não como uma realista produção de conhecimento, mas o seu oposto – ignorância conhecedora enquanto método do “ignorantitis sapiens”?
Autoria e curadoria: Sarat Maharaj e Jürgen Bock
IMAGEM
© Sarat Maharaj
BILHETEIRA
Entrada livre
PÚBLICO
Classificação etária: maiores de 6 anos
Apresentação inserida no Programa Internacional de Residências da Maumaus
Em colaboração com a Malmö Art Academy / Lund University
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