Partindo da temática da migração, a exposição "Territórios Imaginados" leva ao Museo del Crudo (Sardenha, Itália), de 4 de maio a 30 de junho, 16 obras da Coleção da Fundação Bienal de Arte de Cerveira, com o apoio da Direção-Geral das Artes. Os artistas representados são Ana Maria, Ana Pimentel, António Barros, Bartolomeu Cid dos Santos, Carlos Casteleira, Francisco Tropa, Hélia Aluai, Henrique Neves & Michael Langan, Isaque Pinheiro, Inês Norton, Lauren Maganete, Mário Ambrózio, Martinho Costa, Os Espacialistas e Samuel Rama.
Esta iniciativa integra a candidatura "Fundação Bienal de Arte de Cerveira: the Collection on the road" e apresenta um conjunto de atividades multidisciplinares que têm como mote dar a conhecer a arte contemporânea e a cultura portuguesas. O projeto apresenta um programa cultural concertado em parceria com a Associação Noarte Paese Museo e o Município de San Sperate (Sardenha, Itália).
Segundo a curadora da exposição, Elisa Noronha, será proposto ao público "um olhar sobre a migração contemporânea através da perceção do território, olhar esse que se constrói a partir de obras de 16 artistas de distintas gerações – mas com um território em comum, Portugal – numa narrativa exploratória de possíveis imaginários".
Em comum também se apresenta a revolução cultural que as duas vilas abraçaram nos anos 60 e 70 do século XX, respetivamente. "Os cerca de 1.500 km que separam os dois territórios diluem-se quando nos reportamos à forte dinâmica cultural. San Sperate e Vila Nova de Cerveira são, há 50 e 40 anos respetivamente, laboratórios de experimentação artística e espaço de encontro, interação e divulgação de ideias para artistas de todo o mundo", conclui o presidente da FBAC.
O programa contempla ainda, entre outras atividades, uma conferência sobre arte contemporânea portuguesa que será realizada pela curadora e investigadora CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória» Elisa Noronha e a pintura de um mural na vila sarda, realizado pelos artistas portugueses Acácio de Carvalho, Cabral Pinto e Fernanda Araújo.
O projeto "Fundação Bienal de Arte de Cerveira: the Collection on the road" conta com o apoio da República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes.
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Sobre a Paese Museu (Vila Museu) de San Sperate (Sardenha)
Até aos anos 60 San Sperate era uma vila agrícola como muitas outras: as ruas eram feitas de terra, as paredes das casas eram de terra e a economia baseava-se no trabalho das terras. Em 1968, o artista Pinuccio Sciola (1942-2016) é responsável por uma revolução cultural que envolveu toda a comunidade e que transformou a vila num laboratório artístico permanente e participativo, assim como num lugar aberto à discussão e ao diálogo multicultural. Esta dinâmica mantém-se até aos dias de hoje, sendo agora a Associação Noarte Paese Museo que leva avante este projeto ambicioso que conta 50 anos de história e planos para o futuro.
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Mais informações:
http://bienaldecerveira.org