A artista portuguesa Luisa Cunha vai participar na grande mostra coletiva da 34.ª Bienal de São Paulo - "Faz escuro mas eu canto", a convite do curador geral Jacopo Crivelli Visconti. A exposição, que decorre entre 4 de setembro e 5 de dezembro de 2021, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo do Parque Ibirapuera, vai ainda contar com a participação de uma dupla de artistas portugueses, cuja identidade será revelada em breve pela organização da Bienal. Luisa Cunha irá também participar na mostra “Vento”, que é inaugurada já este mês.
A Direção-Geral das Artes apoia a participação portuguesa, mediante um acordo de cooperação internacional celebrado com a Fundação Bienal de São Paulo, garantindo, assim, a presença de Portugal nesta que é considerada uma das principais mostras do circuito artístico internacional, tendo reunido, desde 1951, mais de 16 mil artistas e 17 milhões de visitantes. De referir, ainda, o apoio da DGARTES à visita de Crivelli Visconti a Portugal, em dezembro do ano passado, com o objetivo de conhecer e mapear o trabalho de artistas portugueses com interesse para a temática da Bienal.
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Com curadoria geral de Jacopo Crivelli Visconti e equipa curatorial composta por Paulo Miyada (curador adjunto) e Carla Zaccagnini, Francesco Stocchi e Ruth Estévez (curadores convidados), a 34.ª Bienal de São Paulo é intitulada "Faz escuro mas eu canto", verso do poeta amazonense Thiago de Mello, através do qual a Bienal vem reconhecer "a urgência dos problemas que desafiam a vida no mundo atual" e reivindicar "a necessidade da arte como um campo de encontro, resistência, ruptura e transformação". Inicialmente agendada para setembro deste ano, a mostra tem vindo a sofrer ajustes e mudanças que se multiplicaram devido à pandemia de Covid-19, estando agora prevista para 2021, de 4 de setembro a 5 de dezembro.
Apesar da extensão do calendário expositivo, a Fundação Bienal de São Paulo realiza, ainda este ano, a mostra "Vento", que irá reunir no Pavilhão Ciccilo Matarazzo, já a partir do dia 14 de novembro - e até 13 de dezembro – trabalhos de 21 artistas, incluindo de Luisa Cunha. Intitulada a partir do filme "Wind" (1968), de Joan Jonas, "Vento" ocupa os 30 mil m2 do Pavilhão Ciccillo Matarazzo e é composta maioritariamente por obras desmaterializadas, em áudio e vídeo, ampliando "uma sensação de espaço e distância raramente experimentada pelo público". Nenhuma parede expositiva será construída, pelo que a arquitetura do Pavilhão irá manter o seu estado natural, acolhendo as obras diretamente, "sem elementos que possam criar uma mediação entre a escala humana dos trabalhos e as dimensões monumentais do Pavilhão". Segundo Visconti, "Vento funciona como o índice desta edição da Bienal, no sentido em que aponta alguns dos temas que voltarão expandidos na exposição de setembro do ano que vem, e ao mesmo tempo se refere ao que já aconteceu, assim como o índice constitui, em semiótica, o rastro. A exposição inaugura a dinâmica de organização das obras ao redor de enunciados, objetos com histórias complexas que sugerem leituras multifacetadas, a qual será expandida na mostra coletiva de 2021. Em Vento, a curadoria recorre a dois desses enunciados para criar ressonâncias e ecos: o Sino de Ouro Preto e os cantos tikmu’un".
Os 21 artistas participantes na exposição “Vento” são Luisa Cunha (1949, Lisboa, Portugal), Alice Shintani (1971, São Paulo, SP), Ana Adamovic (1974, Belgrado, Sérvia), Eleonore Koch (1926 - 2018, Berlim, Alemanha), Gala Porras-Kim (1984, Bogotá, Colômbia), Jacqueline Nova (1935-1975, Gante, Bélgica), Koki Tanaka (1975, Kyoto, Japão), Melvin Moti (1977, Roterdão, Países Baixos), Musa Michelle Mattiuzzi (1983, São Paulo, SP) e Paulo Nazareth (Vale do Rio Doce, MG), Antonio Dias (1944, Campina Grande, PB), Clara Ianni (1987, São Paulo, SP), Deana Lawson (1979, Nova York, EUA), Edurne Rubio (1974, Burgos, Espanha), Jaider Esbell (1979, Normandia, RR), Joan Jonas (1936, Nova York, EUA), León Ferrari (1920-2013, Buenos Aires, Argentina), Neo Muyanga (1979, Joanesburgo, África do Sul), Regina Silveira (1939, Porto Alegre, RS), Ximena Garrido-Lecca (1980, Lima, Peru) e Yuko Mohri (1980, Kanagawa, Japão).
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Mais informações:
http://34.bienal.org.br/exposicoes/8270
Data de publicação: 04-11-2020